MPE de Ivinhema abre procedimento para investigar ação de policiais durante atentado de criminosos

Promotoria diz que em audiência de custódia bandidos fizeram denúncias

Da Redação


O MPE (Ministério Público Estadual) abriu investigação para apurar a conduta de policiais militares e civis em Ivinhema, durante a operação que prendeu sete criminosos suspeitos de atearem fogo em veículos e residências entre a noite do dia 25 e a madrugada do dia 26 de junho, levando a morte de um morador daquela cidade, que ficou internado em estado grave na Capital, mas não resistiu nesta quarta-feira (20).

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A notícia de que os policiais estariam sendo investigados, tomou conta das redes sociais da cidade de Ivinhema e da região, principalmente de Nova Andradina, onde a população e os policiais ficaram indignados.

“Nós acordamos cedo, para trabalhar 24 horas ou até mais, para proteger o cidadão de bem, mas infelizmente em alguns casos ‘patéticos’, se dá mais credibilidade em criminosos que aterrorizaram uma cidade e até matam, de quem realmente os tiram de circulação. ‘Mocinhos sendo presos e bandidos sendo soltos’, é assim que vejo”, diz um policial que prefere o anonimato.

Já para um empresário da cidade de Ivinhema, ele achou um absurdo o Ministério Público acreditar mais nos bandidos, do que nos policiais. "Vivemos momentos de terror, tivemos uma morte e grandes prejuízos. O poste começou a mijar no cachorro”, disse sem querer se identificar.

 Residências foram incendiadas - Foto: Arquivo/Divulgação

Em nota à imprensa, o MPE (Ministério Público Estadual) de Ivinhema lamenta profundamente a morte de Aparecido Fialho, de 60 anos, e se solidariza com todos os familiares.

“Além disso, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso repudia veementemente os atos criminosos praticados na madrugada do dia 26 de junho, contra a sociedade de Ivinhema, e salienta que já ofereceu denúncia contra os responsáveis, por meio da 1ª Promotoria de Justiça, pelos crimes de incêndio majorado, resistência, associação criminosa e homicídio qualificado, agora consumado”, diz trecho da nota.

O MPE esclarece, também, que, em razão de denúncias apresentadas em audiências de custódia, do consentimento de supostos excessos por policiais civis e militares envolvidos na ocorrência, o MPE, em cumprimento da lei, no exercício de sua atribuição no controle externo da atividade policial, encaminhou os relatos e demais elementos ao GACEP (Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial), para apuração dos fatos.

Por fim, segundo a nota, ressalta que tal medida é obrigatória, decorrente do controle externo da atividade policial por parte do Ministério Público, sem prejuízo de valor sobre o teor das denúncias, e visa exatamente apurar a veracidade dos relatos, seja para responsabilizar eventual excesso, se comprovado, seja para punir possíveis denunciações caluniosas por parte dos denunciantes.

Famílias passaram momentos de terror na cidade - Foto: Arquivo/Divulgação

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